Nesta terça-feira (30), é celebrado o Dia Nacional da Conscientização sobre a Esclerose Múltipla. A data, instituída em 2026 pela Lei nº 11.303/2.006, faz referência ao aniversário da fundadora da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, Ana Maria Amarante Levy, e visa dar maior visibilidade ao tema, informar e alertar a população para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.
Trata-se de uma doença neurológica autoimune crônica, provocada por mecanismos inflamatórios e degenerativos que comprometem a bainha de mielina, camada protetora que reveste os neurônios das substâncias branca e cinzenta do sistema nervoso central. A doença atinge cerca de 40 mil brasileiros, uma prevalência média de 15 casos por 100.000 habitantes, conforme a última atualização da Federação Internacional de Esclerose Múltipla e Organização Mundial da Saúde, publicada em 2013.
“Eu descobri a esclerose múltipla quando eu tive o problema do olho esquerdo, eu tive uma neurite óptica e em decorrência disso os médicos já estavam desconfiando de uma doença autoimune. Questão de trinta dias, eu tive esse diagnóstico, realmente foi confirmada a doença e, de imediato, é um baque muito grande. Mas a partir do momento em que obtive essas informações tive o apoio e respaldo médico do neurologista, que já me explicou como seria o decorrer da minha vida. Meu urologista falou para mim, Karen, você vai tomar medicação, vai fazer tudo direitinho e é vida normal”. Comenta a advogada Karen de Castro, sobre o seu diagnóstico em 2019.
Os ataques, chamados surtos, são crises inflamatórias, que danificam a bainha de mielina causando cicatrizes, também chamadas de placas ou lesões, ocorrendo aleatoriamente, variando em número e frequência, de pessoa para pessoa.
Embora não exista cura para EM, há tratamentos com medicamentos que buscam reduzir a atividade inflamatória e a frequência dos surtos ao longo dos anos, contribuindo para a diminuição do acúmulo de incapacidades durante a vida do paciente. Mesmo que não altere a evolução da doença, é importante manter a prática de exercícios físicos e uma alimentação saudável, pois ajudam a fortalecer os ossos, a melhorar o humor, a controlar o peso e combate alguns sintomas, como a fadiga.
“Eu continuei com a minha vida e com os meus hábitos alimentares que eu sempre tive, uma alimentação saudável. Eu continuo fazendo musculação, que é muito importante para que você tenha um trabalho de fortalecimento, para que você não tenha sintomas agravados da doença. Ano passado eu consegui fazer meus 21km, e pra mim, o esporte é fundamental, o esporte salva vidas, ele ajuda junto com outras coisas que eu já tento fazer corretamente, para controlar a minha doença. O diagnóstico é muito importante porque a partir dele é que você consegue fazer um tratamento para conseguir controlar a doença.” ressalta Karen sobre a importância do esporte e atividades físicas em sua vida.
Vários sentimentos surgem no momento do diagnóstico de uma doença como a Esclerose Múltipla, mas é sempre bom lembrar que o diagnóstico precoce, aliado ao tratamento adequado e o acompanhamento médico correto, pode proporcionar o controle da doença e uma vida saudável. Assista ao depoimento completo da advogada Karen de Castro acessando este link.