Estamos vivenciando a maior crise sanitária de todos os tempos. Um vírus parou o mundo, as pessoas, os negócios e afastou tudo e todos. Fomos privados de circular pelas ruas e fomos obrigados a nos distanciarmos das pessoas que mais amamos. 

Há um ano, em março de 2020, foi de repente que o nosso mundo caiu e a pandemia do novo coronavírus nos tornou reféns de um vírus desconhecido, mas poderoso, altamente destrutivo e silencioso. 

Vivenciamos dias sombrios, muitas perdas, medos, desafios. A vida se tornou mais preciosa e passou a ser vivida e compartilhada por meio da tecnologia. Vivemos o distanciamento social e a aproximação digital. Nossos contatos são feitos com inúmeras videoconferências. Nossos sorrisos estão escondidos por detrás de máscaras de proteção. Nossos olhares estão revestidos de esperança. 

São quase 11 milhões de pessoas curadas, de pessoas que venceram a COVID-19, que renasceram, no entanto, são mais de 300 mil mortes, são muitas famílias devastadas, destroçadas e enlutadas. 

Em meio ao caos, a esperança da vacina. A corrida desenfreada da ciência em frear essa pandemia no menor tempo possível, em salvar vidas, em encontrar um milagre: a vacina chegou em tempo recorde. 

Quando finalmente vemos uma luz no final do túnel, observamos que o problema não está apenas na COVID-19, descobrimos uma pandemia ainda pior, a da falta de caráter, de bom senso, falta de amor ao próximo, falta de solidariedade, e traição a sua própria missão. 

Assistimos inúmeras cenas de profissionais que fingem aplicar a vacina da COVID-19, em um ato desumano, uma prática verdadeiramente criminosa e repugnante, inexplicável e injustificável. Falta-nos o ar ao assistirmos cenas como essas. 

Agora, estamos, infelizmente, vivendo a fase do estelionato vacinal, quando profissionais da área da saúde, que deveriam contar vitórias a cada vacina aplicada, estão enganando a população, desviando doses de vacina, muitas vezes, apenas descartando no lixo, em um ato que desafia a própria existência humana. 

O vírus da corrupção destrói mais do que o coronavírus. Sim! É a corrupção alcançando também a luta pela vida, o combate à COVID-19, porquanto essas vacinas desviadas podem servir não apenas a quem pratica o ato ilícito diretamente, mas a quem ordena que isso seja feito, para beneficiar pessoas de suas famílias ou amigos, descumprindo a ordem de vacinação do plano de imunização, ou para a prática de comércio ilegal mesmo. 

O momento é de reflexão. Onde a humanidade se perdeu? Onde podemos encontrar a vacina para a pandemia do caráter? 

Que possamos, mais do que nunca, seguir as lições do maior influenciador de todos os tempos, Jesus Cristo, para amar ao próximo como a si mesmo.

7 respostas a “Artigo: A pandemia da falta de caráter”

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